sexta-feira, 20 de setembro de 2013

RELATÓRIO INTERDISCIPLINAR III


Relato de observação apresentado pelas acadêmicas: Elis Regina, Elizane, Luana Folha, Luzineide, Neiva e Nilveth, com exigência do curso de Licenciatura Plena em Letras – Português-EaD/Uespi-Gilbués como requisito parcial para a obtenção de nota da disciplina Prática Pedagógica Interdisciplinar III 

Orientadora: tutora a distância – Maria Rosa.



INTRODUÇÃO




A observação foi solicitada pela professora Msc. Zeneide Resende e orientado pela tutora a distância Esp. Maria Rosa da Universidade Estadual do Piauí – UESPI, no sentido de atender ao requisito básico da disciplina Prática Pedagógica Interdisciplinar III, na turma do 7º ano do Ensino Fundamental na Unidade Escolar Atila Freitas Lira.
O presente relatório tem por objetivo apresentar informações que foram adquiridos com as observações no decorrer do período da observação na sala de aula. A disciplina de Pratica Pedagógica é imprescindível no processo de formação do professor, com isso, possibilita aos futuros professores a compreensão das ações praticadas dentro da instituição, assim, dando uma previa da realidade como também do que queremos realmente para a preparação à inserção profissional.
Portanto, o período de observação é de suma importância para a formação do professor, pois possibilita um contato direto com a unidade escolar e, favorece uma prática docente com avanços e dificuldades, momentos em que as teorias são colocadas em ação oferecendo subsídios para uma auto avaliação, no sentido de querer e desenvolver capacidades e potenciais para educar cidadãos ativos e competentes.
O período da observação na Unidade Escolar Átila Freitas Lira, iniciou-se no dia 18 a 25 de agosto de 2013, com o objetivo de conhecer a estrutura física do prédio que abriga a escola, quadro de funcionário, professores, a proposta pedagógica, bem como a quantidade de alunos nos três turnos.



DESENVOLVIMENTO



ASPECTOS FISICOS E HUMANOS DA ESCOLA

A Unidade Escolar Átila Freitas Lira, foi construída no final do ano de 1985 e inaugurada no inicio de 1986, recebe este nome em homenagem ao ex - deputado federal Átila Freitas Lira. Durante este período a escola atendia um grande número de alunos do Ensino Infantil e Fundamental menor, no ano de 1998 iniciou-se o ginásio e em 2007 recebeu o anexo da Unidade Escolar Hugo Napoleão com o Ensino Médio.
 O prédio é amplo, sua localidade atende um grande número de alunos nos três turnos correspondendo a 440 (quatrocentos e quarenta) alunos distribuídos em três turnos matutino, vespertino e noturno sendo: Ensino Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA (Ensino de Jovens e Adultos). Os dias letivos variam em 19 a 22 dias mensais com jornada escolar de 200 dias letivos. A escola é bem arejada com 06 (seis) salas de aula, 03 (três) banheiros, 01 (uma) cantina, 01 (uma) secretaria, 01 (uma) salas para computadores, 01 (um) laboratório de informática comunitário e 01 (um) pátio.
O prédio é bem equipado há moveis em todas as dependências como: quatro estantes de aço, seis armários de aço, quatro fichários de aço, seis ventiladores, cinco mesas para professor, um fogão industrial, um botijão de gás, um bebedouro, três birôs, oito cadeiras de espaguete para professores, duzentas e cinquenta cadeiras e mesas para alunos, um mimeografo, duas televisão, um retroprojetor, um aparelho de DVD, uma maquina de xerox, um minisiste, um data show, uma tela de projeção, uma câmera digital,  cinco computadores na sala do PROINFRO, doze no tele centro comunitário, um da escola, um notebook da escola, um notebook da sala multifuncional, revistas, livros didáticos, livro de orientação para professor por disciplina, uma pequena biblioteca com acervo doado pelo MEC, revistas e jogos pedagógicos diversos.   
A escola possui um grupo com quarenta e seis funcionários composto por: nove do Ensino Médio, quatro da EJA (Ensino de Jovens e Adultos), dois do Ensino Infantil, oito do Ensino Fundamental menor e dez do Ensino Fundamental maior, dois vigias, três zeladoras, duas merendeiras, três secretária, dois diretores: um titular e um adjunto, um digitador.

De acordo a conversa com a direção e a coordenação da referida escola, percebe-se que o livro didático adotado na escola é o guia que conduz todo desenvolvimento do processo de ensino. Ele é elaborado por profissionais especializados tem como principal função estruturar o trabalho pedagógico em sala de aula e, para isso, deve-se organizar em torno da apresentação não apenas do conteúdo curricular, mas também de um conjunto de atividade para o ensino aprendizado desse conteúdo da distribuição desse conteúdo e atividade de ensino, de acordo com progressão do tempo escolar, principalmente com as series e unidades de ensino.
 A partir da conversa com a professora de Língua Portuguesa do 7º ano do ensino fundamental percebemos que a mesma trabalha tendo como base o livro didático, complementando os itens linguísticos e literários, pois por melhor que um livro seja ele não é completo. Segundo a professora os gêneros textuais ocupam um espaço bastante restrito nos livros didáticos no qual a mesma utiliza o que afirmou uma pouca importância dada pelos autores. Sendo assim, procura explorar as condições de produção levando o aluno a situar-se num contexto comunicativo.
A professora associa o uso do livro didático às novas tecnologias dando maior importância ao livro já este é principal suporte para o educador e também uma fonte de conhecimento para os alunos, permitindo informar, conhecer, aprender, educar, desenvolver e aplicar todas as etapas de uma educação de qualidade. É inegável que os recursos das novas tecnologias digitais possibilitam mecanismos de interação, de acesso a conteúdos de formas diferentes do material impresso, mas dividido a uma condição social menos privilegiada, nosso alunos não tem muito acesso a essas novas tecnologias, mas procuram adequar os meios acessíveis a nossa realidade.
Diretores e professores procuram desenvolver uma gestão democrática, participativa e dinâmica, com a participação de todos os alunos. A direção se define em duas palavras: democracia e participação, onde todos têm plena liberdade de expressão. A escola possui Conselho Escolar e de Classe que representa tanto os educadores, como os alunos, os pais e os funcionários da educação.
De acordo o Projeto Politico Pedagógico (PPP), possui valores a serem seguidos como: respeito, compromisso, solidariedade, criatividade e inovação, a escola tem como missão, oferecer um ensino de qualidade abrangendo a participação ativa e criativa da comunidade escolar proporcionando o acesso e permanência dos alunos na escola de maneira que possa agir construtivamente na transformação de seu meio. Pois o objetivo da escola é melhorar o desempenho acadêmico dos alunos e ampliar as praticas pedagógicas da escola.
Os professores tem uma relação cordial com diretores, coordenação, funcionários da educação e com os outros professores, gerando assim êxito nos trabalhos. O calendário escolar é feito pela secretária estadual de educação e adaptado conforme a necessidade de cada município, para todos os níveis de ensino o planejamento escolar é realizado com supervisora e coordenadora da área, é realizado bimestral no período letivo.  Onde são comemoradas as datas comemorativas. As reuniões pedagógicas são realizadas frequentemente com o corpo docente, coordenação e supervisão da educação, havendo um compromisso com o MEC que tem como função capacitar os professores.
Observamos entre os dias18 a 25 de agosto do corrente ano na turma do 7º ano no período vespertino, na Unidade Escolar Átila Freitas Lira no povoado São Dimas município de Monte Alegre do Piauí, a professora desenvolve um trabalho com bastante competência, passando segurança e demonstrando um bom relacionamento com os alunos onde é necessário para trabalhar a escrita e a oralidade, com isso, desempenha sua função usando linguagem adequada, tendo segurança e flexibilidade na função que exerce.  A professora do 7º ano trabalhou o livro didático como base principal para adquirir conhecimento o que não impediu e buscar outros recursos. A escola dispõe de uma pequena biblioteca que serve como suporte para professores e alunos.
Mesmo a observação ter acontecido em um prazo curto de tempo, pode-se fazer algumas considerações acerca do dialogo das professoras sobre suas aulas de Português, a mesma afirma que os objetivos de ensinar sobre o seu ponto vista contribuem e favorecem o crescimento intelectual e psíquico do individuo, eleva a cultura, melhora o letramento e o conhecimento, assim como expressa a dicção. Portanto, sua missão como professora de Português é levar o educando a entender que ele precisa do conhecimento e que este está presente tanto em sua vida estudantil quando no cotidiano e sempre relata que não existe Língua Portuguesa sem escrita e oralidade, o livro didático é base para adquirir esse prévio conhecimento, com isso, possibilita o crescimento intelectual dos alunos favorecendo-os a serem críticos e participativos na sociedade em que atuam.



CONCLUSÃO


Diante das observações constatamos que a professora trabalha o livro didático atendendo as necessidades dos alunos e as exigências da escola. Pois o livro didático constitui-se num recurso pedagógico que, histórica e culturalmente interage um espaço em que tornou indispensável por ser um produto cultural que responde por uma parcela considerável da transmissão do conhecimento. É também, parte da cultura escolar na medida, que detém em se a seleção e organização de conteúdos e, ainda, guia as praticas docentes e contribui para a construção do conhecimento no contexto de sala de aula.
 Percebe-se que a escola necessita de uma biblioteca com mais acervos em obras literárias para que os professores possam exercer sua profissão com mais exatidão e consequentemente seus alunos adquirirem melhores possibilidades de aprendizagem.
Acredita-se que a mediação de leitura baseada nos pressupostos apresentados nesta observação propicia aos estudantes e professores a fruição estética da linguagem e a apropriação do conhecimento linguístico e humano. Nessa abordagem, o livro de Língua Portuguesa não contribui apenas para a formação de leitores proficientes, mas para a constituição do homem.  
A professora de Português do 7º ano tem como função fixar princípios e objetivos para que os educandos não se reduzam a uma teoria geral da disciplina, enquanto a sistematização dos seus resultados terá como função acompanhar de forma reflexiva, crítica e ativa de modo que o educando possa explicitar os seus fundamentos teóricos e práticos sobre o ensino de Língua Portuguesa.
No entanto devemos lançar olhar critico sobre o material didático analisado e sobre as atividades didáticas nele desenvolvidas, no que desrespeito a elaboração desse material destinado ao trabalho em sala de aula, percebemos que já conquistamos avanços consideráveis nos níveis de leitura, produção, escrita, linguagem oral e conhecimentos linguísticos. Temos de reconhecer que ainda precisamos trabalhar de forma mais avançada enquanto recursos linguísticos e discursivos, com a dimensão que nos leva a refletir sobre a língua e a reverter esses conhecimentos em benefícios dos mais diversificados usos que fazemos dela.

                            A N E X O S


Questionário da professora do 7º ano

  • 1   Como é seu nome?  E qual o sua formação?
Patrícia Gonçalves Lustosa, formada em Licenciatura Plena em Letras/Português e especializada em metodologia do Ensino da Língua Portuguesa.

  • 2  Como se efetiva a articulação entre a oralidade e a escrita às formas de educação textual discursiva no ensino?
A relação entre a oralidade e a escrita não ocorre de maneira direta, porque cada qual possui sua especificidade e se relacionam na medida em que se encontram nos textos produzidos.

  • 3 Como você analisa a realidade, linguística e cultural dos alunos em sala de aula?
A escola é senão, o lugar aonde as pessoas vão para aprenderem, porém, ao chegar à escola, é como se a vida da pessoa começasse naquele momento, e que o conhecimento e a bagagem cultural que aquela pessoa trás consigo não valesse nada e que ela precisara aprender tudo novamente, inclusive a falar, sendo assim o que ocorre é a reafirmação de preconceitos existentes em toda a cultura brasileira. 

  • 4Como você visualiza a oralidade e a escrita em sala de aula?
A maioria dos alunos tem dificuldade em escrever segundo as normas ortográficas e que muitas deles ainda se baseiam nos saberes da oralidade na construção de suas hipóteses escritas, demonstrando pouca familiaridade com as convenções que a regem, sem se darem conta das diferenças entre as duas modalidades.

  • 5Existe alguma preocupação em relação ao tema, o que pode ser feito para melhorar a situação educacional a esse respeito?
Sim. A escola tem que possibilitar o acesso dos alunos a norma culta e desenvolver um trabalho a partir dos usos da língua falada e escrita, sem desprezar as variações linguísticas dos alunos.


                                               BIBLIOGRAFIA

Cereja, William Roberto.
Português: linguagens, 7ºano/ William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhaes- 5. Ed. Reform. – São Paulo: Atual, 2009.

Cereja William Roberto.
Português: linguagem, 2º vol/ William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhões – 2. Reform. – São Paulo: saraiva,2011.


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