Fase de execução: prática de sala de aula
"Crescer como Profissional significa ir
localizando- se no tempo e nas circunstâncias em que vivemos, para chegarmos a ser um ser
verdadeiramente capaz de criar e transformar a realidade em conjunto com os
nossos semelhantes para o alcance de nossos objetivos como profissionais da
Educação" ( Paulo Freire )
O Estágio Supervisionado é a exteriorização do aprendizado
acadêmico fora dos limites da faculdade. É o espaço onde o discente irá
desenvolver seus conhecimentos, correlacionando a teoria e a prática,
contribuindo para uma análise de pontos fortes e fracos das organizações e
propondo melhorias para as instituições públicas e privadas.
Tem por objetivo:
propiciar uma reflexão teórico-prática sobre o processo de ensino e de
aprendizagem da Língua Portuguesa e Literatura, no Ensino Médio – etapa final
da educação básica. Os acadêmicos serão convidados a pensar, a planejar e a
aplicar ações didático-pedagógicas que envolvem competências e habilidades em
Língua Portuguesa e Literatura, considerando os documentos oficiais de
referência, sem perder de vista as
Os saberes propostos pela UNESCO inspiram um
trabalho que vai além do repasse da informação. O aluno precisa transformá-la
em conhecimento e este ser aplicado pelo indivíduo em sua vida social.
discussões teóricas pelas
quais já passaram no decorrer do Curso.
Para que o estágio alcance
suas finalidades, associando o processo educativo à aprendizagem técnica,
precisa ser planejado, executado, acompanhado e avaliado dentro de diretrizes
bem definidas e estar de acordo com os pressupostos que norteiam o projeto
pedagógico do curso e com todas as condições dispostas pela legislação sobre o assunto.
Este material está organizado em quatro unidades:
Unidade I - Contexto do Ensino Médio na visão dos documentos
oficiais;
Unidade II - Ensino de Língua Portuguesa no Ensino Médio (o ensino da leitura, produção de
texto e prática de análise linguística);
Unidade III - O ensino da Literatura no Ensino Médio;
Unidade IV - Os mecanismos
oficiais de avaliação do ensino de Língua Portuguesa.
1. O CONTEXTO DO ENSINO MÉDIO NA VISÃO DOS DOCUMENTOS OFICIAIS
1.1 Lei de diretrizes e
bases da educação nacional
1.1.2 Concepções da
linguagem e PCNEM
Objetivo : Compreender
os princípios que norteiam o ensino de Língua
Portuguesa no Ensino Médio,
propostos pelos documentos oficiais.
1ª LDB - 4024/61 - publicada em 1961, já afirmava que a educação pública era um
direito de todos, mas a educação escolar só era obrigatória no ensino primário,
ou seja, o ginasial e colegial também eram públicos, mas não obrigatórios.
Durante 10 anos, a educação em nosso país foi apenas o suficiente para iniciar
o processo de alfabetização.
2ª LDB – 5.692/71-
Publicada em 11 de agosto de 1971, introduziu no país a obrigatoriedade da
profissionalização em todos os cursos de 2.º Grau, o que implicava em
valorização das áreas tecnológicas com perda gradativa das áreas de ciências
humanas. O
segundo Grau, de acordo com essa lei, apresenta dois objetivos:
Humanista ( preparar para o prosseguimento dos estudos)
Econômico
(habilitar para o exercício de uma profissão técnica)Tendo, portanto, dupla
função.
3ª LDB – 9.394/96 -Aprovada em 20 de dezembro de 1996,
promove a descentralização e a autonomia para as escolas e universidades, além
de instituir um processo regular de avaliação do ensino. Essa lei torna o Ensino Médio em etapa final da básica e espera-se o desenvolvimento de capacidades que possibilitam ao estudante uma preparação básica para o prosseguimento dos estudos, inserção no mundo do trabalho e o exercício cotidiano da cidadania em sintonia com as necessidades político-sociais de seu tempo.
Com a LDB nº 9.394/96,
exigisse políticas públicas que intensifique ações na área da educação,
organizando-se orientações curriculares que engajem os propósitos de qualidade
e equidade. Essas orientações primam pela diversidade curricular, considerando
as características sócio-culturais de cada escola e defendendo o princípio de
igualdade quanto ao acesso e ao conhecimento escolar. A LDB nº 9.394/96 ampara
a necessidade de uma base comum no currículo escolar para possibilitar uma
modificação na qualidade de ensino, principalmente da rede pública.
A LDB nº 9.394/96
proporcionou grandes avanços a educação, ampliando a obrigatoriedade no ensino
incorporando o Ensino Médio como parte obrigatória correspondendo à Educação
Básica no Brasil. No entanto, as orientações para que esse ensino pudesse
desenvolver um trabalho considerando a base comum curricular, só foi proposto a
partir de 1999 com a publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Médio – PCNEM
A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.
Língua
Portuguesa e Literatura:
sua identidade no Ensino Médio
A
disciplina de Língua Portuguesa e Literatura dentro das diretrizes são vistas
antes de tudo como uma ação, onde se concretizam práticas de uso real da língua
materna.
Esta delimitação do campo contrapõe à prática que determina o
estudo das regras gramáticas como objetivo maior do trabalho com a língua,
dando ênfase ao direcionamento mais amplo e expressivo no processo
ensino-aprendizagem, ou seja, visando à manipulação das práticas de oralidade,
leitura e escrita como alicerces de assimilação da norma padrão.
ENSINO DE
LITERATURA
Os
princípios elencados são os norteadores do PCNEM que, em relação ao ensino de
literatura, definem a importância da contextualização, da intertextualidade,
da produção e da recepção de textos literários ou não. Na parte
específica “Conhecimentos de Língua Portuguesa” dos PCNEM, lê-se a seguinte
consideração:
O trabalho do professor centra-se no objetivo de
desenvolvimento e sistematização da linguagem interiorizada pelo aluno,
incentivando a verbalização da mesma e o domínio de outras utilizadas em
diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais de ensino de língua, ou
seja, nomenclatura gramatical e história da literatura são deslocados para um
segundo plano. O estudo da gramática passa a ser uma estratégia para
compreensão/interpretação/produção de textos e a literatura integra-se à área
de leitura. (Brasil, 2002)
Os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) são a referência básica para a
elaboração das matrizes de referência. Os PCN´s foram elaborados para difundir
os princípios da reforma curricular e orientar os professores na busca de novas
abordagens e metodologias. Eles traçam um novo perfil para o currículo, apoiado
em competências básicas para a inserção dos jovens na vida adulta; orientam os
professores quanto ao significado do conhecimento escolar
quando
contextualizado e quanto à interdisciplinaridade, incentivando o raciocínio e a
capacidade de aprender.
Segundo
as orientações dos PCN´s o currículo está sempre em construção e deve ser
compreendido como um processo contínuo que influencia positivamente a prática
do professor. Com base nessa prática e no processo de aprendizagem dos alunos
os currículos devem ser revistos e sempre aperfeiçoados.
As orientações educacionais
intensificaram a necessidade de o ensino desenvolver competências, traçando um
novo perfil para o currículo escolar.
[...]
apoiado em competências básicas para a inserção de nossos jovens na vida
adulta. Tínhamos um ensino descontextualizado, compartimentalizado e baseado no
acúmulo de informações. Ao contrário disso, buscamos dar significado ao
conhecimento escolar, mediante a contextualização; evitar a
compartimentalização, mediante a interdisciplinaridade; e incentivar o
raciocínio e a capacidade de aprender. (BRASIL, 1999)
Tais orientações destacam a
contextualização e a interdisciplinaridade como possibilidades renovadoras no
ensino. Os encaminhamentos dos PCNEM (BRASIL, 1999) trabalham em quatro sentidos
para orientar a reforma curricular, a consolidação de uma base comum curricular
ao ensino, o agrupamento das disciplinas em três áreas de conhecimento, a exploração
do conhecimento através da interdisciplinaridade e da contextualização, e o destaque
da necessidade de uma parte diversificada do currículo.
A reorganização curricular apresentou as disciplinas através de áreas de conhecimento, que correspondem ao agrupamento de disciplinas já trabalhadas no Ensino Médio e organizadas considerando a possibilidade da interdisciplinaridade entre elas:
A reorganização curricular apresentou as disciplinas através de áreas de conhecimento, que correspondem ao agrupamento de disciplinas já trabalhadas no Ensino Médio e organizadas considerando a possibilidade da interdisciplinaridade entre elas:
Linguagem, Códigos e suas
Tecnologias- abrange as
disciplinas de língua portuguesa,
Língua Estrangeira Moderna,, arte,
Educação física e Informática
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias – compõe-se
das disciplinas
matemática, Química, Física e biologia
Ciências Humanas e suas tecnologias – área em que se situam as
disciplinas de História
As competências articulam:
CONHECIMENTO HABILIDADES
ATITUDES
VALORES PROCEDIMENTOS
O aluno
desenvolve as habilidades através dos conteúdos, exercitando estas habilidades
adquire competências. O PCNEM
(2000, p. 19-23) diz que o
aluno, no final do Ensino Médio, deve possuir em Língua Portuguesa as seguintes
Competências e Habilidades:
- REPRESENTAÇÃO
E COMUNICAÇÃO
• Confrontar opiniões e
pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações
específicas.
• Utilizar-se das linguagens
como meio de expressão, informação e comunicação, em situações intersubjetivas,
que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre os contextos e estatutos
dos interlocutores, e colocar-se como protagonista no processo de
produção/recepção.
• Compreender e usar a
Língua Portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora
da organização de mundo e da própria identidade.
• Aplicar as tecnologias da
comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos
relevantes para a sua vida.
- INVESTIGAÇÃO E COMPREENSÃO
• Analisar, interpretar e
aplicar os recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus
contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das
manifestações, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção,época,
local, interlocutores participantes da criação e propagação de idéias e
escolhas, tecnologias disponíveis etc.).
• Recuperar, pelo estudo, as
formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o patrimônio
representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas, no eixo
temporal e espacial.
• Articular as redes de
diferenças e semelhanças entre as linguagens e seuscódigos.
• Conhecer e usar línguas estrangeiras
modernas como instrumento de acesso a informações, a outras culturas e grupos
sociais.
CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO-CULTURAL
• Considerar a linguagem e
suas manifestações como fontes de legitimação de acordos e condutas sociais, e
sua representação simbólica como forma de expressão de sentidos, emoções e experiências
do ser humano na vida social.
• Compreender e usar os
sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização
cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão,
comunicação e informação.
• Entender o impacto das
tecnologias da comunicação na sua vida, nos processos de produção, no
desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
PCNEM, PCN – OCEM
São os Parâmetros
Curriculares Nacionais e as Orientações Curriculares Nacionais, elaboradas pelo
Ministério de Educação e Cultura – MEC, com o objetivo de orientar o professor,
são orientações específicas para cada área de ensino e divididas entre Ensino
Fundamental e Ensino Médio.
Foram feitos para auxiliar as equipes escolares
na execução de seus trabalhos. Servirão de estímulo e apoio à reflexão sobre a
prática diária, ao planejamento de aulas e sobretudo ao desenvolvimento do
currículo da escola, contribuindo ainda para a atualização profissional.
O principal objetivo
dos PCN+ (2002) é apresentar sugestões, não normativas, de como o professor
deve trabalhar de forma articulada as competências gerais e os conhecimentos
disciplinares de língua portuguesa a serem desenvolvidos pelos alunos, além de
apresentar critérios para seleção de conteúdos, tendo como ponto de partida os
três grandes eixos sugeridos para o trabalho com língua portuguesa no ensino
médio. Esses eixos se concentram no desenvolvimento de competências:
INTERATIVA, TEXTUAL e GRAMATICAL
INTERATIVA, TEXTUAL e GRAMATICAL
Competência
gramatical ou linguística -
diz respeito à capacidade do falante, de uma determinada língua, de produzir sequências
linguísticas inteligíveis que possibilitem a comunicação entre os indivíduos.
Competência textual - envolve
um universo maior e mais complexo, exige que o indivíduo domine de modo
estrutural suas ideias e expressões para haver uma maior compreensividade de
seus discursos.
Competência interativa -é preciso
cultivar a ideia de que a língua materna é um dos principais operadores da
comunicação, nas diversas trocas sociais de que participamos cotidianamente. Usuários devem saber dispor dela adequadamente nas diversas situações
comunicativas.
Com tantas mudanças
na realidade escolar, desde a alteração do modo de ensino, como na realidade
social vivida pelo professor dos dias atuais, algumas competências para ensinar
foram enumeradas no PCN, baseado nas teorias de Philippe Perrenoud, teórico do
desenvolvimento das matrizes de competências e habilidades na escola. Elas são:
Organizar e dirigir situações de aprendizagem;
Administrar a progressão das aprendizagens;
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;
Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;
Trabalhar em equipe;
Participar da administração da escola;
Informar e envolver os pais;
Utilizar novas tecnologias;
Enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão;
Administrar sua própria formação contínua.
Como fechamento do PCN, o autor coloca que o professor deve estar atento para que seus procedimentos em sala de aula sejam coerentes com os novos paradigmas da educação brasileira, investindo em sua formação, e assim construindo sua identidade como docente..
Organizar e dirigir situações de aprendizagem;
Administrar a progressão das aprendizagens;
Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;
Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;
Trabalhar em equipe;
Participar da administração da escola;
Informar e envolver os pais;
Utilizar novas tecnologias;
Enfrentar os deveres e dilemas éticos da profissão;
Administrar sua própria formação contínua.
Como fechamento do PCN, o autor coloca que o professor deve estar atento para que seus procedimentos em sala de aula sejam coerentes com os novos paradigmas da educação brasileira, investindo em sua formação, e assim construindo sua identidade como docente..
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Orientações Curriculares para o Ensino Médio
visa:
a) subsidiar professores e gestores em sua atuação no cotidiano da
escola;
b) aprofundar e discutir aspectos relacionados ao processo de ensino e
aprendizagem no Ensino Médio;
c) oferecer elementos que viabilizem as discussões com os professores
e gestores sobre a organização do trabalho pedagógico;
d) fortalecer a compreensão do material, como fonte de discussão sobre
a ação educativa e não como instrumento normativo e/ou prescritivo do
trabalho docente
Os Parâmetros colocam como pilares da construção do currículo das escolas do Ensino Médio os princípios gerais: competências, interdisciplinaridade, contextualização
a) subsidiar professores e gestores em sua atuação no cotidiano da
escola;
b) aprofundar e discutir aspectos relacionados ao processo de ensino e
aprendizagem no Ensino Médio;
c) oferecer elementos que viabilizem as discussões com os professores
e gestores sobre a organização do trabalho pedagógico;
d) fortalecer a compreensão do material, como fonte de discussão sobre
a ação educativa e não como instrumento normativo e/ou prescritivo do
trabalho docente
Os Parâmetros colocam como pilares da construção do currículo das escolas do Ensino Médio os princípios gerais: competências, interdisciplinaridade, contextualização
Concepções de Linguagem
Há três concepções de linguagem:
Primeira tendência -
linguagem como expressão do pensamento;
Segunda tendência - linguagem
como meio objetivo para a comunicação;
Terceira tendência -
linguagem como processo de interação verbal.
É importante que o educador conheça essas três concepções
de linguagem, pois, assim, ele saberá encaminhar um ensino aprendizagem de
qualidade em relação a nossa língua materna.
Dessa forma, o modo como se concebe a natureza da língua
altera em muito o como se estrutura o trabalho com a língua em termos de
ensino. A concepção de linguagem é tão necessária e importante como a concepção
de educação.
Nessa concepção, a língua é produzida mentalmente de maneira individual, intrínseca e sob a organização lógica do raciocínio. As atividades de linguagem se realizam nessa perspectiva independentemente das circunstâncias situacionais, sócio-históricas, culturais e políticas em que ocorrem
Vê a linguagem como instrumento de comunicação.
Nessa concepção a língua é vista como um código, ou seja, como um conjunto de
signos que se combinam segundo regras, e que é capaz de transmitir uma
mensagem, informações de um emissor a um receptor
Vê
a linguagem como forma ou processo de interação. Nessa concepção o que o
indivíduo faz ao usar a língua não é tão somente traduzir um pensamento, ou
transmitir informações a outrem, mas sim realizar ações, agir, atuar sobre o
interlocutor (ouvinte/leitor)..
2. Ensino de língua portuguesa no nível médio
2.1
O ensino da leitura
2.2
Letramento
2.3
Produção de texto
2.4
Prática de análise linguística
Objetivo
: Apontar caminhos/estratégias para desenvolver atividades de leitura,
produção de texto e análise linguística em sala e aula.
NO CONTEXTO DO ENSINO MÉDIO
Uma
discussão sobre o papel da disciplina Língua Portuguesa no contexto do ensino médio deve envolver, necessariamente, uma
reflexão sobre o projeto educativo que se quer implementar nesse nível de
ensino.
Considerando-se
que a LDBEN/96 toma o ensino médio como etapa final da educação básica,
essa fase de estudos pode ser compreendida como o período de consolidação e aprofundamento
de muitos dos conhecimentos construídos ao longo do ensino fundamental.
Espera-se, portanto, dessa etapa de formação o desenvolvimento de capacidades
que possibilitem ao estudante:
(i) avançar
em níveis mais complexos de estudos;
(ii) integrar-se ao mundo do trabalho, com condições para prosseguir, com autonomia,
no caminho de seu aprimoramento profissional;
(iii) atuar, de forma ética e responsável, na sociedade, tendo em vista as diferentes
dimensões da prática social.
Desse
ponto de vista, em síntese, o ensino médio deve atuar de forma que garanta ao estudante
a preparação básica para o prosseguimento dos estudos, para a inserção no mundo
do trabalho e para o exercício cotidiano da cidadania, em sintonia com as necessidades
político-sociais de seu tempo.
À
luz dos pressupostos anteriormente arrolados, as Orientações Curriculares de
Língua Portuguesa assinalam a importância de a escola se abrir a múltiplas
formas de letramento, compreendendo que o acesso do estudante a práticas
diversas de produção e compreensão de textos é, sobretudo, uma forma de
empoderamento e de inclusão social.
Isso envolve dar relevância a diferentes manifestações estéticas da linguagem
(literatura, dança, teatro, música, escultura, pintura), valorizando a
diversidade de ideias, cultura e formas de expressão.
Ensino da Leitura
A
leitura constitui uma prática social de grande complexidade e, como tal, envolve
alguns aspectos relevantes, como:
I. O conhecimento da realidade social e
história;
II. O conhecimento dos gêneros dos
discursos que circulam no grupo social;
III. Os interlocutores imediatos e potenciais
da situação de interação;
IV. O funcionamento das instituições em que
as práticas de linguagem ocorrem.
No
que diz respeito à leitura, os PCN de Língua Portuguesa preconizam a formação
de leitores competentes, que consigam construir significados a partir de
diferentes gêneros textuais. Para isso, os PCN preconizam uma abordagem que
articula a leitura e a escrita, dando a estas o papel de atividades articuladas
e complementares.
É
necessário mostrar ao leitor que a leitura não é simplesmente uma disciplina da
sua grade curricular escolar. Em outras palavras, o leitor deverá perceber que
a leitura está presente em todas as esferas sociais e que a leitura como
prática social corresponde a um objetivo delimitado. Portanto, a leitura não
deve e nem pode ficar restrita a uma atividade presa à esfera escolar, mas sim
como catalisador de suas relações sociais
Nessa nova perspectiva, o documento oficial orienta
vários tipos de leitura (silenciosa, em voz alta, individual, em conjunto etc.)
e o desenvolvimento de diversas atividades relacionadas a essa competência
linguística, tais como: projetos de leitura, atividades sequenciadas etc.
Pedro Farias Francelino apresenta
um conjunto de condições que potencializam a interação através da leitura de
forma mais proficiente.
I.
O conhecimento da realidade
social e história;
II.
O conhecimento dos gêneros dos
discursos que circulam no grupo social;
III.
Os interlocutores imediatos e
potenciais da situação de interação;
IV.
O funcionamento das instituições em
que as práticas de linguagem ocorrem.
LETRA - Forma portuguesa de littera MENTO - Resultado de uma ação
LETRAMENTO
Resultado da ação de ensinar
e aprender
as práticas sociais da leitura e escrita
O letramento é a cultura do
reconhecimento, da significação e da inserção cultural no mundo letrado, sendo
um processo que ultrapassa a alfabetização, no sentido estrito do acesso ao códice instrumentalizador da leitura e escrita.
O
letramento não prescinde, por óbvio da alfabetização, mas interessa-lhe a
ampliação dos horizontes escolares, sendo relevante a formação de leitores(as)
críticos que exerçam intertextualidade, onde as experiências de vida e de visão
de mundo possam ser intercambiadas buscando o crescimento qualitativo de tal
formação.
Para
Magda Soares "Letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender
a ler e escrever, o estado ou condição que
adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se apropriado
da escrita."
Desse modo, letramento seria resultado ou
consequência do processo de alfabetização.
Soares (1998) aponta
que o Letramento tem um sentido ampliado da alfabetização, pois consiste em
práticas de leitura e escrita, que vão além da alfabetização funcional, em que
indivíduos são alfabetizados, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita; muitos não têm habilidade sequer para preencher um requerimento
Enquanto
se utiliza o termo analfabeto em oposição a alfabetizado, não é possível, de
maneira análoga, aplicar a mesma relação entre letrado e iletrado. Mesmo o
indivíduo que não sabe ler nem escrever de alguma maneira faz uso da escrita
quando se relaciona com outros atores sociais, seja pedindo que outro leia para
ele uma carta ou bula de remédio, seja tentando chegar a algum bairro da
cidade, o qual ele ainda não conheça, ou mesmo relatando um fato ou
acontecimento a alguém.
Orientação
dos PCNs para o
Ensino de Produção de texto
A
orientação do PCN é clara no que tange ao ensino da escrita. Introduzir métodos
que privilegiem o aspecto sociointeracionista na produção de textos. Por isso,
aconselham o uso dos gêneros como unidade de ensino o qual remonta ao uso do
texto e da língua em seu uso social; “quem diz, diz a quem e como diz” essas
perguntas leva o aluno a se posicionar de forma crítica diante do texto e
entender o funcionar de cada gênero e a função que desempenha no meio social.
O
docente deve instigar o aluno a criar texto e produzir gêneros textuais, para que se torne um escritor competente é, também, capaz de olhar para o
próprio texto como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redundante,
obscuro ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevê-lo até considerá-lo
satisfatório para o momento. É, ainda, um leitor competente, capaz de recorrer,
com sucesso, a outros textos quando precisa utilizar fontes escritas para a
sua própria produção. Remetendo, assim, à intertextualidade
ALGUMAS SITUAÇÕES DIDÁTICAS
FUNDAMENTAIS PARA
A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTO
Os projetos são excelentes
situações para que os alunos produzam textos de forma contextualizada — além do
que, dependendo de como se organizam, exigem leitura, escuta de leituras,
produção de textos orais, estudo, pesquisa ou outras atividades. Podem ser de
curta ou média duração, envolver ou não outras áreas do conhecimento e resultar
em diferentes produtos: uma coletânea de textos de um mesmo gênero (poemas,
contos de assombração ou de fadas, lendas, etc.), um livro sobre um tema
pesquisado, uma revista sobre vários temas estudados, um mural, uma cartilha
sobre cuidados com a saúde, um jornal mensal, um folheto informativo, um
panfleto, os cartazes de divulgação de uma festa na escola ou um único cartaz.
Prática de análise Linguística
A expressão Análise
Linguística remete aos conhecimentos linguístico-discursivos a serem
desenvolvidos no ambiente escolar e representa a ruptura do paradigma que
pautava o ensino de língua na escola (GERALDI, 2007)
Para Mendonça (2006), “o
termo análise linguística, surgiu para denominar uma nova perspectiva de
reflexão sobre o sistema linguístico e sobre os usos da língua, com vistas ao
tratamento escolar de fenômenos gramaticais, textuais e discursivos.”
O objetivo central dessa
perspectiva é a reflexão, ou seja, fazer com que os alunos reflitam sobre os
elementos e fenômenos linguísticos e sobre as estratégias discursivas, focalizando
os usos da linguagem. Além disso, a análise linguística (AL), também é fundamental
para o desenvolvimento das competências de produção e interpretação de textos.
Para que se possa
compreender o que é análise linguística, seguem alguns itens citados por Mendonça
(2006,) os quais diferenciam o ensino de
gramática da prática de análise linguística.
Diante das considerações
apresentadas sobre o ensino de gramática e a prática da análise linguística,
pode-se observar que há diferenças significativas na abordagem das questões
gramaticais.
Cabe tentar responder as questões que regem este trabalho, mas antes,lançamos mais uma pergunta: será que esta escolha é mesmo necessária? Não, não é, desde que se compreenda que ensinar gramática deve ocorrer de modo reflexivo, em textos, em usos reais da língua (para se compreender a função dos elementos gramaticais) e para que se compreenda como se portar linguisticamente em diferentes contextos.
Assim, ensinar gramática será necessariamente ensinar análise linguística, ou seja, se o professor compreende que ensinar gramática é favorecer a reflexão sobre os usos linguísticos, automaticamente ele irá ensinar por meio de análises linguísticas.
Nos dias de hoje, deve-se
mostrar a prática de uso da norma e não somente teorias e exemplos
descontextualizados. Para que o estudante possa ver a importância de tantas
regras, tem de se provar que o não uso pode provocar desde interpretações
equivocadas até a impossibilidade de comunicação.
Partindo desse ponto, surge a
seguinte pergunta de pesquisa:
Há como o professor utilizar o texto como base para o ensino da gramática?
A justificativa de se ter o
texto como base para o ensino da gramática, de acordo com as novas perspectivas
de ensino, está na impossibilidade de se ter como base a análise de estratos,
os quais descontextualizados não têm valor para as competências: discursiva
(capacidade de usar a língua de modo variado), linguística (capacidade de
conhecer a língua de uma comunidade específica) e estilística (capacidade de
conhecer diferentes estilos). Para que o aluno tenha o domínio dessas três
competências, as quais norteiam o desenvolvimento do português, seja na fala ou
na escrita, o texto é a ferramenta ideal.
Formar "cabeças
pensantes" que tenha o domínio da linguagem é o ponto mais defendido pelos
PCN´s, propõe-se que os professores de Língua Portuguesa adote em sala de aula
uma gramática relevante, que seja funcional, contextualizada, que traga algum
tipo de interesse, que libere, que possibilite entender e se expressar em
diferentes situações.
Não
basta saber falar e escrever, é preciso cominar a linguagem para participar da
vida do bairro da cidade e do país. Pelo uso da linguagem, escolhendo as
palavras certas para cada tipo de discurso. As pessoas se comunicam, trocam
ideias e têm acesso às informações, protestam e fazem cultura.(REVISTA NOVA
ESCOLA;2004P.5)
3. O ENSINO DA LITERATURA NO ENSINO MÉDIO
3.1 A literatura no ensino
médio
3.2 O lugar do discurso
literário
3.3 OCEM- A leitura
literária
3.4 A formação do
leitor
Objetivo : Refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem de Literatura
no ensino médio.
O QUE É LITERATURA?
POR QUE
LITERATURA NO ENSINO MÉDIO?
LDBEN No. 9.394/96 # PCN #
PNE
Assim
como a música, a pintura e a dança, a
Literatura é considerada uma arte. Através dela temos contato
com um conjunto de experiências vividas pelo homem sem que seja preciso
vivê-las.
A
Literatura é um instrumento de comunicação, pois transmite os conhecimentos e a
cultura de uma comunidade. O texto literário nos permite identificar as marcas
do momento em que foi escrito.
As
obras literárias nos ajudam a compreender sobre nós mesmos e sobre as mudanças
do comportamento do homem ao longo dos séculos; e, a partir dos exemplos,
ajudam-nos a refletir sobre nós mesmos.
Leitura da Literatura e Ensino da Literatura
Ensino da literatura - estuda a obra literária, tendo em
vista uma organização estética.
Leitura da literatura - está relacionada à compreensão do
texto, à experiência literária vivenciada pelo leitor no ato da leitura. Esses
dois níveis dialogicamente relacionados devem ser, na escola, trabalhados de
modo articulado.
Uma proposta alternativa
para a aula de literatura:
o texto e o leitor como centro
“A relação entre literatura
e escola apresenta-se, normalmente, marcada por concepções estigmatizadas sobre
o fenômeno literário, concepções subjacentes aos materiais didáticos e
paradidáticos, bem como a prática pedagógica dos professores.” (MARTINS, 2006, p. 92).
Sobre o processo de
ensino e aprendizagem da literatura na escola, a autora Ivanda Martins
apresenta 03 (três) mitos que promovem perspectivas ideológicas negativas e não
contribuem para a formação de leitores críticos.
O mito na perspectiva da escola e as práticas que levam ao mito
Mito 1: Literatura é muito difícil
- incentivo a leitura de obras clássicas;
- textos fragmentados, extraídos dos livros didáticos, dos paradidáticos e das apostilas.
- supervalorização da intenção do autor na análise e interpretação dos textos literários.
Mito 2: É preciso ler obras literárias para escrever bem
- existe um mito de que para o aluno desenvolver estratégias comunicativas e dominar a norma-padrão, é necessário o estimulo à leitura de obras literárias, principalmente, os clássicos.
- as gramáticas normativas perpetuam esse mito quando exemplificam o uso da norma linguística com fragmentos de textos literários.
- a leitura de obras literárias tem quase sempre como objeto final a produção de uma redação sobre o texto lido.
Mito 3: A linguagem literária e marcada pela especificidade
- a linguagem literária e analisada com em base enfoques formalista e estruturalista.
- as relações entre texto-leitor, texto-contexto muitas vezes não são considerados como deveriam.
- para a escola, a literatura é marcada pela especificidade da linguagem e quanto maior o grau de literariedade de um texto, melhor será seu valor estético.
- Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
- Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
- Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.
- Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
O livro didático [...] pode constituir elemento de apoio
para que
se proceda ao processo de escolha das obras que serão lidas,
mas de forma alguma poderá ser o único.
se proceda ao processo de escolha das obras que serão lidas,
mas de forma alguma poderá ser o único.
Os professores devem contar com outras estratégias
orientadoras dos procedimentos, guiando-se, por exemplo, por sua própria
formação como leitora de obras de referência das literaturas em língua portuguesa,
selecionando aquelas cuja leitura deseja partilhar com os alunos
LETRAMENTO LITERÁRIO - Estado ou condição de quem não apenas é capaz de ler poesia ou drama, mas dele se apropria efetivamente por meio do prazer estético, fruindo-o.
Segundo os PCNs, o estudo da
literatura no ensino médio precisa levar o aluno para um contexto social
vivenciado fora dos limites escola e dos conhecimentos repassados na escola.
Com isso, a aprendizagem torna- se significativa, pois o aluno acaba
identificando-se com o que a escola propõe.
No antigo projeto pedagógico
sem orientação dos PCNs, os conhecimentos eram transmitidos através de cada
disciplina de forma padronizada com informações estagnadas. Mas, no novo
projeto pedagógico do ensino médio, os PCNs dizem que ensinar literatura é
articular os conhecimentos e competências de cada aluno.
A (LDB – Lei - 9.394/96)
fundamenta os PCNs bem como as orientações aos Parâmetros Curriculares
Nacionais. Constatamos, assim que ensinar literatura no ensino médio lança um
projeto otimista de contribuição na formação da cidadania de cada aluno, pois,
o ensino médio não encerra uma fase, mas prepara para uma mais intensa e
exigente que é o ensino superior.
A literatura quando aplicada como disciplina representa grande
importância quanto às demais, visto que, é por ela que o aluno tem acesso a
linguagem como instrumento para comunicação e faz parte da língua portuguesa.
Aliás, um uso a linguagem de forma consciente, de um código que já utiliza
oralmente e agora se revela também por meio da escrita, da interpretação e
produção.
A escola, segundo Santiago
(2009), deve participar de forma integral da formação do sujeito e contribuir
para a construção de uma consciência cidadã através das atividades que a
instituição de ensino proporciona ao aluno através da execução de seu (PPP).
E com base nos PCNs, estes
consideram o desenvolvimento das competências
interativa, gramatical e textual
dentro do processo avaliativo. Para isso
torna-se importante observar quais
habilidades os alunos possuem
para então começar a trabalhar com produção de texto,
com interpretação e conhecimento sobre a origem
para então começar a trabalhar com produção de texto,
com interpretação e conhecimento sobre a origem
da literatura, sua
história, divisão de
escolas literárias, etc.
O lugar do discurso literário
Que
lugar o texto literário vem ocupando nas aulas de Literatura?
Como se dá a
leitura na sala de aula?
Que relações se estabelecem entre o professor e o
aluno
no trabalho com a leitura literária?
A
literatura sempre se fez presente nos espaços educativos, desde a antiguidade
aos dias atuais, associada às diversas circunstâncias sociais e históricas de
cada tempo. Inicialmente, observa-se que, para os gregos, de quem o Ocidente
herdou a instituição escolar, o ensino de literatura estava intrinsecamente
ligado à necessidade de domínio do código verbal, a partir do qual se dava o
acesso aos padrões canonizados pelos poetas e literatos da época.
As OCEM estabelecem alguns aspectos que
precisam ser considerados na seleção do material didático de literatura. Dentre
eles, a ideia de tempos escolares “[...] que levam à necessidade de organização
sistemática (o que supõe um projeto pedagógico para os três anos do ensino
médio)”, a noção bakhtiniana de gênero, “[...] como condição básica de inserção
dos sujeitos no mundo letrado)” e o estabelecimento prévio dos autores que
serão lidos ao longo de cada ano do Ensino Médio, “[...] imprescindível para
que se garanta uma sequência lógica, não necessariamente cronológica” nessa
etapa, deixando margem, entretanto, para leituras não previstas (BRASIL, 2006,
p. 72)
4. O
PCN+ e os mecanismos de avaliação de ensino de Língua Portuguesa
4.1 O PCN+ e os mecanismos de avaliação de ensino de língua portuguesa
4.2 A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – SAEB
4.3 O Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM
Objetivo: Compreender os mecanismos oficiais de avaliação do ensino de língua portuguesa no ensino Médio.
Se há uma política que
avançou no Brasil, nos últimos 15 anos, foi a implantação dos sistemas de
avaliação educacional. Neste período, inúmeras iniciativas deram forma a um
robusto e eficiente sistema de avaliação em todos os níveis e modalidades de
ensino, consolidando uma efetiva política de avaliação educacional. Considerada
hoje uma das mais abrangentes e eficientes do mundo, a política de avaliação
engloba diferentes programas, tais como:
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - Saeb
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - Saeb
Exame Nacional do Ensino Médio - Enem
Exame
Nacional de Desempenho do Ensino Superior - Enade
SAEB- tem como principal objetivo avaliar a Educação Básica
brasileira e contribuir para a melhoria de sua qualidade e para a
universalização do acesso à escola, oferecendo subsídios concretos para a
formulação, reformulação e o monitoramento das políticas públicas voltadas para
a Educação Básica. Além disso, procura também oferecer dados e indicadores que
possibilitem maior compreensão dos fatores que influenciam o desempenho dos
alunos nas áreas e anos avaliados.
O Saeb é composto por três avaliações externas
em larga escala:
em larga escala:
Avaliação
Nacional da Educação Básica – Aneb: abrange, de maneira
amostral, alunos das redes públicas e privadas do país, em áreas urbanas e
rurais, matriculados na 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano do Ensino Fundamental e
no 3º ano do Ensino Médio, tendo como principal objetivo avaliar a qualidade, a
equidade e a eficiência da educação brasileira. Apresenta os resultados do país
como um todo, das regiões geográficas e das unidades da federação.
Avaliação
Nacional do Rendimento Escolar - Anresc (também denominada
"Prova Brasil"): trata-se de uma avaliação censitária envolvendo os
alunos da 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano do Ensino Fundamental das escolas
públicas das redes municipais, estaduais e federal, com o objetivo de avaliar a
qualidade do ensino ministrado nas escolas públicas. Participam desta avaliação
as escolas que possuem, no mínimo, 20 alunos matriculados nas séries/anos
avaliados, sendo os resultados disponibilizados por escola e por ente federativo.
A
Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA : avaliação
censitária envolvendo os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas
públicas, com o objetivo principal de avaliar os níveis de alfabetização e
letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e condições de oferta
do Ciclo de Alfabetização das redes públicas. A ANA foi incorporada ao Saeb
pela Portaria nº 482, de 7 de junho de 2013
É uma prova realizada pelo
Ministério da Educação do Brasil, de
caráter voluntário, oferecido anualmente aos estudantes que estão concluindo ou
que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.
O Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar o
desempenho do aluno ao término da escolaridade básica para aferir
desenvolvimento de competências fundamentais ao exercício pleno da cidadania. Foi
pensado, também, como modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso
aos cursos profissionalizantes pós-médio e ao ensino superior.
A AVALIAÇÃO NO ENEM
ENEM avalia os eixos cognitivos comuns à áreas do
conhecimento – Linguagem, códigos e suas tecnologias; Matemática e suas
tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias; e Ciências Humanas e suas
tecnologias --, além de competências e habilidades específicas nas quatro
grandes áreas.
A meta do Enem é possibilitar a participação em programas governamentais de acesso ao ensino superior, como o ProUni, por exemplo, que utiliza os resultados do Exame como pré-requisito para a distribuição de bolsas de ensino em instituições privadas de ensino superior.
A prova do Enem sempre foi estruturada em habilidades, incentivando o raciocínio e trazendo questões que medem o conhecimento dos alunos por meio de enfoque interdisciplinar.
O modelo atual mantém essa
característica, agregando às habilidades medidas um conjunto de conteúdos formais
mais diretamente relacionado ao que é ministrado no ensino médio.
O ENEM é composto de duas partes: uma redação (tema proposto pelo exame) e uma parte de múltipla escolha (testes objetivos).
COMPETÊNCIAS QUE SERÃO AVALIADAS NA REDAÇÃO DO ENEM
Na prova de Língua
Portuguesa no Enem prevalece a compreensão do funcionamento da língua em si,
tendo em vista o contexto em que é empregada.
A Literatura no Enem
compreende a articulação entre os recursos expressivos e estruturais do texto
literário e o processo social relacionado ao momento de sua produção
É significativo, portanto, destacar o ENADE como o mecanismo eficiente para avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação e o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, bem como aferir o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências.
O Enade é realizado por amostragem e a participação
no Exame constará no histórico escolar do estudante ou, quando for o caso, sua
dispensa pelo MEC. O Inep/MEC constitui a amostra dos participantes a partir da
inscrição, na própria instituição de ensino superior, dos alunos habilitados a
fazer a prova.
Realizar o Enade é importante, pois, além de propiciar prestígio acadêmico, pode ser decisivo na disputa por uma vaga no mercado de trabalho, permite comparar o desempenho individual com o de milhares de colegas, bem como o do curso realizado com os outros da área no estado, na região e no país. Também poderá ser um diferencial importante para o ingresso em um curso de pós-graduação. Além disso, é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação, sendo condição prévia a conclusão de curso de graduação, expedição e respectivo registro do diploma.
Através do ENADE o MEC gera o conceito do curso (CPC) em que o aluno está estudando. Isso acaba definindo o peso e importância do diploma dele.
Realizar o Enade é importante, pois, além de propiciar prestígio acadêmico, pode ser decisivo na disputa por uma vaga no mercado de trabalho, permite comparar o desempenho individual com o de milhares de colegas, bem como o do curso realizado com os outros da área no estado, na região e no país. Também poderá ser um diferencial importante para o ingresso em um curso de pós-graduação. Além disso, é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação, sendo condição prévia a conclusão de curso de graduação, expedição e respectivo registro do diploma.
O estudante selecionado que não comparecer ao Exame estará
em situação irregular junto ao Enade.
As avaliações, ambas, procuram avaliar o que o aluno foi capaz de aprender em sala de aula através de questões de múltipla escolha. Elas trabalham com a língua enquanto atividade.
Orgulhe-se
da sua história, das suas experiências e transforme tudo
que
viveu em ações positivas para o seu futuro
e para o seu presente.
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