sábado, 14 de dezembro de 2013

ESCRITORES DA LIBERDADE...> O papel do diálogo na construção do conhecimento

                         
Emociona e, com certeza,  faz-nos rever a prática pedagógica 
que fazemos no cotidiano da sala de aula.

Uma jovem e idealista professora chega à uma escola de um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de suas complicadas vidas, a professora Gruwell (Hilary Swank) lança mão de métodos diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento, e reconhecendo valores como a tolerância e o respeito ao próximo.


                               

O filme conta a história da professora Erin Gruwell que começa a dar aulas em uma turma
 de alunos problemáticos que são divididos em gangues e etnias.
 A classe era uma mistura de Afro-americanos, de Latinos, 
de Cambojanos, de vietnamitas, entre outros, muitos dos quais
 cresceram em vizinhanças agressivas e participavam de gangues 
de Rua em Long Beach.
A professora novata decide ajudá-los, mesmo não
 contando com a ajuda dos outros professores e
 da direção da escola.

Erin Gruwell começou a fazer algumas atividades na tentativa de envolver os alunos a fim de que estes se identificassem e tivessem maior interesse pelas aulas. Ela criou um projeto para que seus alunos lessem “O Diário de Anne Frank” e que, após a leitura, fizessem seu próprio diário, contando tudo que quisessem: seus sentimentos, pensamentos, o que já havia se passado na vida deles, o que sonhavam. Ao ler os diários, Erin reforçou a ideia de não desistir de seus alunos e como a escola não emprestaria nenhum livro a eles, ela arrumou um segundo emprego para comprar os livros e depois um terceiro emprego para pagar as viagens culturais com a classe.

Depois que os alunos leram o livro “O Diário de Anne Frank”, ela pediu que eles escrevessem uma carta para a mulher que protegeu 
Anne Frank. Os alunos ficaram empolgados e arrecadaram
 fundos para pagar as despesa .
 Os alunos uniram suas histórias e fizeram um livro.


O surpreendente deste filme não é somente o fato de ser baseado em fatos reais, mas a profundidade da reflexão que nos remete a história da educadora que fez a diferença, e dos educandos, que tanto ensinaram e aprenderam.

Disposta a superar os desafios, a professora inexperiente, porém cheia de convicções,  luta contra um sistema tradicionalista de ensino, contra uma direção e colegas fechados, dispostos a continuarem sua prática meramente bancária.
Como se não bastasse à classe em que deve atuar é composta de alunos problemáticos, com histórico de violência e indisciplina.

Com a intenção de fazer o seu trabalho da melhor maneira possível, a professora enfrenta as dificuldades a fim de concretizar seu objetivo. Com paciência e competência, ela faz o que poucos se atreveriam, e de uma maneira empolgante, envolve os alunos e lhes ensina o poder do coletivo. E o grupo que antes se dizia dividido, une-se para viver uma experiência que ganharia o mundo todo.

Através do filme é possível vislumbrar o fazer com excelência, 
e a paixão que existe em alguns educadores.
É um filme que deve ser visto por todos e obrigatoriamente 
por cada educador, a fim de que reflita sobre sua prática 
e sobre o sistema não só de ensino, mas de sociedade a que
estamos inseridos. São muitas histórias resumidas neste trabalho, 
e a certeza de que é possível, sim, fazer a diferença onde estamos.



SUGESTÃO DE ATIVIDADE

Após assistir Escritores da Liberdade, vamos analisar o filme.
 1 - Onde se passa a história narrada pelo filme?
 2 - Quando ela acontece?
 3 - Quem são os personagens envolvidos?
 4 - O que a personagem principal faz para mudar a situação?
 6 - Qual a lição do filme para você?
 7 - Destaque a parte do filme que mais lhe chamou a atenção. Por quê? 
 8 - Você conhece alguém que vive o drama daqueles personagens?
 9 - Você seria capaz de ajudar um colega na situação dos alunos do filme?
10- Conte o filme “Escritores da Liberdade” no mínimo 15 linhas.


 Resumo do Filme “Escritores da Liberdade”

O filme “Escritores da Liberdade” é baseado em fatos reais e narra a história de vida da professora estadunidense Erin Gruwell (Hilary Swank) a partir do ano de 1994, ao começar a lecionar para a turma 203 do 2º grau no Colégio Woodrow Wilson, na cidade de Long Beach, Califórnia. Após sua primeira aula, Erin Gruwell percebe que a educação na escola Woodrow Wilson não era como ela tinha imaginado. Sua turma assim como toda a escola é racialmente dividida em gangues, e muitos dos estudantes já estavam envolvidos e expostos a violência de gangues, detenção juvenil e desinteresse pelos estudos já que tudo que aprendiam era nas ruas. Mesmo um pouco decepcionada ao descobrir o desinteresse dos alunos pela sua aula, a professora Gruwell não desiste e tenta superar as barreiras ali encontradas. Professora G, como é chamada pelos alunos, procura conhecer características que sejam comuns à vida de seus alunos e as começa a utilizar para lhes ensinar a sua matéria (Inglês), procurando assim fazer com que eles se interessem um pouco mais. 24.

A professora Gruwell propõe a seus alunos algumas atividades que acabam tocando suas consciências. Dentre as propostas de Gruwell para seus alunos, está a escrita de um diário e a leitura do livro “O Diário de Anne Frank”, o qual retrata a questão do holocausto, a discriminação racial e social. Na proposta da escrita do diário a atividade sugere que os alunos da sala 203 contando tudo que queiram, desde os seus sentimentos, pensamentos, o que já havia se passado na vida deles, até o que sonhavam. A atividade do diário é de escolha dos alunos e deveriam decidir também se autorizariam a leitura da professora, caso a autorizassem deveriam deixar seus diários em um armário na sala de aula, destinado somente para esta finalidade. Para surpresa da professora Gruwell todos os seus alunos deixaram seus diários para que ela lesse, e assim passou a conhecer mais da realidade de seus alunos e isso apenas reforçou sua decisão de não desistir deles. Ao poder conhecer um pouco da realidade de seus alunos a partir da leitura de seus diários, Erin Gruwell planejou atividades em sala que fizessem com que seus alunos reconhecem que são semelhantes uns aos outros e assim pôde aproximá-los quebrando com o preconceito que existia entre eles.

Após a leitura do “O Diário de Anne Frank”, a professora pediu como trabalho, que escrevessem uma carta para Miep Gies, mulher que protegeu a família de Anne Frank dos nazistas no período da Segunda Guerra Mundial, falando sobre o que acharam do livro, imaginando que esta carta chegaria até ela.  Os alunos empolgados têm a ideia de realmente mandar estas cartas. Deste modo, eles mesmos angariam fundos para pagar todas as despesas que fossem necessárias para que pudessem conhecer a protetora da família Frank

Foi estudando a história do holocausto que a turma 203 passou de guetos para uma família sem preconceitos, onde se sentiam bem e felizes. E foi diante do clima de bem estar comum, comunicação e reciprocidade que os alunos foram estimulados a aprender. Não era de conhecimento dos alunos que a professora Gruwell não os lecionaria na terceira e nem a quarta série, e que o primeiro e o segundo ano seriam os anos que estudariam com ela. 

Todos da turma 203 ficam muito descontentes por acharem que sem a professora Gruwell acabariam voltando a serem como eram antes. Assim, pediram à professora que insistissem com autoridades da educação para que ela recebesse permissão para continuar a lecionar para eles. O que conseguiram após muito esforço e contra gosto da direção do colégio Woodrow Wilson. A professora Gruwell ao persistir na melhora na qualidade ensino, no estímulo ao aprendizado de seus alunos, conseguiu estabelecer vínculos e trazer significado a vida de todos da turma 203. Desmentindo os como os alunos problema no qual nunca teriam jeito, para alunos que se formaram com acesso a universidade.

A partir de grandes temas históricos, em sala de aula, faz-se necessário, 
assim como fez a professora Erin, debater a questão do aluno
 como sujeito histórico. Não é mais possível, nos dias
 de hoje, realizar debates em sala de aula sem fazer
 a relação com o cotidiano do qual
 os alunos fazem parte.

Muitas vezes a realidade que os jovens vivem em casa, como a violência doméstica, as drogas , a prostituição, o desemprego entre outros fazem com que eles procurem uma solução nas ruas e lá se envolvem em situações cruéis, como exemplo, as gangues mostradas no filme.

Outro fator importante e discutido nos dias atuais é o Bulling. Esse tipo de violência 
tem se tornado constante nas escolas, sendo caracterizado como 
um fenômeno mundial. O problema é que esse tipo de 
fato tem afetado psicologicamente nossos alunos ocasionando 
não só revolta e até mesmo massacres e assassinatos 
(como é visto nos canais de televisão). 
Por outro lado, outros cometem suicídio.

  
 Em Escritores da Liberdade, podemos discutir discriminação racial, 
violência, guetos, gangue  no qual a nossa sociedade, 
nossos alunos estão expostos

Tutora 
Maria Rosa

Nenhum comentário: