segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Abolição da escravidão: história da luta dos escravos pela liberdade no Brasil


TEATRO: “ZUMBI GRACIOSO


A escravidão pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo) é propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.

Não existem registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao Brasil. A tese mais aceita é a de que em 1538, Jorge Lopes Bixorda, arrendatário de pau-brasil, teria traficado para a Bahia os primeiros escravos africanos.

Bianca, Zuete,  Nerlan, Dhenyer, Leila, Marlene e Fernando,
acadêmicos do curso de Letras Português/EaD-Gilbués,  
encenam trechos que retratam o sofrimento do negro dessa 
época.


——– Vivemos na escravidão. Somos tratados como animais.
———– Trabalhamos tanto e não ganhamos nada. Nem comida boa temos.
———– Devemos fugir para um lugar melhor.
———– E existe este lugar?
———– Existe o quilombo. Irei para lá. No quilombo todos são livres. 
O rei é Ganga Zumba, bom com todos. 
E seu general é Zumbi.
———– Já ouvi falar dele.
———– Vou para o quilombo lutar com Zumbi para libertar todos os escravos.
                                              (um escravo foge, mas é recapturado pelo capitão do mato)
Feitor prende um escravo fujão.
Pede a ordem do senhor para castiga-lo com chicotadas. 
Tem a ordem e vai ao tronco onde prende o escravo e lhe dá 50 chicotadas.
Diálogo entre feitor e o Barão senhor dos escravos
Feitor_ O escravo está no tronco esperando a
decisão do barão e se deixar o escravo que está no troco sem castigo os outros escravos vão acreditar na história que ele está contando e vai querer fugir.
Barão_Está bem. Deite 20 chibatadas. 
Feitor_Me disculpe, Barão, mas 20 chibatadas não 
vai nem fazer riscos nas costas dele!
Barão_Está bem! deite-lhe 50 chibatadas.
Narrador_Logo depois o feitor foi dar as 50 chibatadas, enquanto isso a baronesa estava falando com o barão. Começa um toque de música.

No quilombo Zumbi planeja com os irmãos a invasão da fazenda e libertação dos escravos. Ganga Zumba não concorda e quer aceitar acordo de paz com Portugal. Por isso os dois começam a brigar. Depois disso, Ganga Zumba morre misteriosamente.
Diálogo no Quilombo.
Um irmão do quilombo entrega uma carta para o Rei Ganga Zumba:
“Senhor Ganga Zumba. O Rei de Portugal te propõe um acordo de paz com o quilombo de Palmares. Todos os nascidos no quilombo ficarão livres, os outros não.”


Ganga Zumba lê a carta.
Logo chega seu sobrinho Zumbi – Tio Ganga Zumba, vamos invadir a fazenda e libertar nossos irmãos.
Ganga – Isso não é possível. Estamos negociando a paz com Portugal.
Zumbi – Que paz que nada. Precisamos soltar nossos irmãos.
Ganga – Uma guerra só vai trazer dor.
Zumbi – Não é justo que fiquemos em paz enquanto tantos padecem escravidão.
Ganga – Também não é justo que tantos morram pelo bem de outros. Precisamos de paz.
Zumbi – A paz não traz igualdade. Esta paz é injusto, pois é para poucos. Precisamos de guerra.
Partidários de Zumbi e de Ganga Zumba se dividem, gritando de um lado “Paz” e de outro 
“Guerra”.

Em algumas fazendas e engenhos, as crueldades dos senhores de engenho e feitores atingiram a extremas e incríveis métodos de castigos ao empregarem no negro o anavalhamento do corpo seguido de salmoura, marcas de ferro em brasa, mutilações, estupro de negra escravas, castração, fraturas dos dentes a marteladas e uma longa e infinita teoria de sadismo requintado.



No sul do Brasil, os senhores de engenhos costumavam mandar atar os punhos dos escravos e os penduravam em uma trava horizontal com a cabeça para baixo, e sobre os corpos inteiramente nus, eles untavam de mel ou salmoura para que os negros fossem picados por insetos.


Os escravos sofreram muito, pois tinham que atender todas 
as necessidades dos seus senhores. Faziam trabalhos pesados 
e eram maltratados, apanhavam e eram amarrados em troncos 
com correntes nos pés, nas mãos e no pescoço. Muitos ficavam 
sem água ou mesmo sem alimentos, não tinham camas, dormiam
 no chão de terra, amontoados nas senzalas.


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                                                                 Você sabia que...
  • ... muitos escravos fugiam? Alguns se escondiam em povoados protegidos, chamados de quilombos. O maior deles foi o de Palmares, em Alagoas, liderado por Zumbi.
  • ... o Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão? Apenas 600 negros  podiam embarcar em cada navio que vinha da África para o Brasil.

A partir desses problemas, a princesa Isabel, 
filha do imperador do Brasil, Dom Pedro II
criou a Lei Áurea que libertou os escravos.



Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel 
com muitos deles. 
Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, 
muitos negros passaram por 
dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos 
e sofriam preconceito e 
discriminação racial. 
A grande maioria passou a viver em habitações
 de péssimas condições
 e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.

 Entende-se  que o ensino da leitura literária não pode ser apenas imposto, 
ele deve sim, ser incentivado, pois, sempre que possível, dar liberdade de
 escolha. Da mesma forma que se entende que esse processo somente se 
dará diante de professores preparados para ministrarem
 tais ensinamentos.



Parabéns a vocês que tiveram a  coragem de defender
 a Liberdade, o Amor e a Igualdade.

Trabalho  admirável!


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Tutora 
Maria Rosa

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