sábado, 28 de setembro de 2013

No Universo da Literatura - "Tudo que é produto humano é documento histórico".

Por meio da literatura, o acadêmico satisfaz suas necessidades, sendo-lhe permitido assumir uma atitude crítica em relação ao mundo, advinda das diferentes mensagens e indagações que a literatura oferece. Como escrevia Jacinto do Prado Coelho, "não há disciplina mais formativa que a do ensino da literatura. Saber idiomático, experiência prática e vital, sensibilidade, gosto, capacidade de ver, fantasia, espírito crítico - a tudo isso  faz apelo à obra literária, tudo isto o seu estudo mobiliza".
Diante disto, os acadêmicos do curso de Letras Português-EaD/Uespi-Gilbúes divulgam, na prática, o  que  aprenderam nas disciplinas de   Literatura Brasileira e Afro-brasileira. 

literatura brasileira, considerando seu desenvolvimento baseada na língua portuguesa, faz parte do espectro cultural lusófono, sendo um desdobramento da literatura em língua portuguesa

literatura produzida no Brasil possui papel de destaque na esfera cultural do país: todos os principais jornais  dedicam grande parte de seus cadernos culturais à análise e crítica literária, assim como o ensino da disciplina  no Ensino Médio e Superior.

O primeiro documento que pode ser chamado de Literatura Brasileira é a carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei Manuel I de Portugal, em que o Brasil é descrito, em 1500. Nos próximos dois séculos, a literatura brasileira ficou resumida a descrições de viajantes e a textos religiosos.       
A carta  foi escrita com o objetivo de relatar ao rei de Portugal, dom Manuel I, os principais acontecimentos da expedição comandada por Pedro Álvares Cabral às Índias.    
                                      
 Trecho da carta

A pele deles é parda e um pouco avermelhada. Têm rostos e narizes bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem se preocupam em cobrir ou deixar de cobrir suas vergonhas mais do se que preocupariam em mostrar o rosto. E a esse respeito são bastante inocentes. Ambos traziam o lábio inferior furado e metido nele um osso verdadeiro,de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, fino na ponta como um furador.(…)

Escola Literária ou Movimento Literário é o nome dado a todos os acontecimentos históricos envolvendo a literatura desde a invenção da escrita até os dias atuais. Os acadêmicos fizeram uma demonstração, das  escolas literárias, através de cartazes. 
Os movimentos literários fizeram revolução em todo o mundo e com suas cantigas, suas poesias e seus livros fascinaram milhares de pessoas.

Os movimentos são divididos da seguinte forma:


Conhecida como uma parte da literatura brasileira que se destaca por  
conter edições de livros temáticos que descrevem, reafirmam e tentam 
resgatar os ideais e costumes afro-brasileiros e dos negros.


As noções de literatura afro-brasileira e de literatura negra são discutidas no Brasil há décadas, mas atualmente ainda são consideradas noções em construção no país. Consequentemente, os critérios para as seleções de textos literários afro-brasileiros também são variados. Um deles seria o da representação do negro no texto, seja na poesia, em peças teatrais e em narrativas, desde os relatos acerca do Novo Mundo até a literatura contemporânea. Outro critério seria o da cor da pele do escritor que poderia provocar a expressão de uma perspectiva negra e brasileira, caso o escritor assumisse publicamente a sua negritude.

Culinária afro-brasileira: 

Africanos enriqueceram a cozinha brasileira


É impossível falar da influência dos africanos sem lembrar a herança 
que eles deixaram para a nossa alimentação. Acarajé, mungunzá,
quibebe, farofa, vatapá, cuscuz são pratos originalmente usados como 
comidas de santo, ou seja, comidas que eram oferecidas às divindades
 religiosas cultuadas pelos negros. Hoje, porém, são dignos representantes
 da culinária brasileira.

As religiões chamadas afro-brasileiras surgiram durante o processo de colonização do Brasil, com a chegada dos escravos africanos. Em diferentes momentos da história, aos poucos, as religiões afro-brasileiras foram se formando nas mais diversas regiões e estados. É justamente por isso que elas adotam diferentes formas e rituais, diferentes versões de cultos.
Na realidade, os cultos afro-brasileiros vêm da prática religiosa das tribos africanas. Por isso, cada uma tem a sua forma peculiar de chamar o nome de Deus, promover seus cultos, estruturar sua organização, celebrar seus rituais, contar sua história e expressar as suas concepções através dos símbolos.

Na tentativa de catequizar os negros, os europeus promoveram uma grande mistura que resultou nas hoje chamadas de religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé, fruto da inter-relação de culturas.

É uma expressão cultural que mistura 
lutadançacultura popular,música.
Desenvolvida por escravos africanos trazidos 
ao Brasil e seus descendentes, é caracterizada por movimentos
 ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos e elementos ginástico-acrobático
Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música.
A palavra
capoeira tem alguns significados, um dos quais refere-se às áreas de mata
 rasteira do interior do Brasil
Foi sugerido que a capoeira obtivesse o nome a partir dos locais que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata.


A publicação nasceu da necessidade de visibilizar o negro, torná-lo protagonista da sua própria história. 

Desde 1983, a publicação anual dos Cadernos Negros é viabilizada pelo grupo Quilombhoje e a colaboração de diversos escritores e poetas. 
Essa importante antologia da produção literária afro-brasileira, atualmente é mantida pelo casal de escritores Marcio Barbosa e a Esmeralda Ribeiro.

Para o escritor Cuti, esses 30 anos representam muito de esforço e dedicação, suor e muitas, muitas letras.   “Nós negros temos que ter perspectiva, de fazer coisas que durem, que ultrapassem as gerações e que possam realmente servir de escola para as muitas pessoas que tem vontade de fazer literatura e é assim, que vamos incentivar grandes escritores que estão por vir ou que já chegaram.

As lutas por liberdade no continente africano, que levaram à independência de diversos países africanos de língua portuguesa, iniciadas na década de 1970 foram as maiores motivações para a criação dos "Cadernos Negros". 
Assim, o maior objetivo presente nos livros iniciais  era trabalhar a relação entre
 literatura e as motivações sócio-políticas. 
Assim, os poetas presentes nessas antologias deram voz à população
 negra em sua luta contra a desigualdade racial e social.


É na literatura negra ou afro-brasileira que as questões relativas à identidade e às culturas dos povos africanos e afrodescendentes são abordadas, por meio de uma escrita que valoriza a herança cultural africana e garante o direito à memória desses povos. Além de conhecer a história, esse tipo de literatura também aborda as angústias da alma e do cotidiano vivido por personagens negras, afirma a poetisa Conceição Evaristo.


Divulgar e estimular a reflexão a respeito da produção literária brasileira
 e afro-brasileira é contribuir com a nossa cultura.

Parabéns, Taiane, Eleuza, Mônica, Vinoran, 
Evilânia, Lincon, Luan, Arly, Jair e a todos, pelo magnífico trabalho. 

Muito orgulhosa dos meus alunos!


Tutora
 
Maria Rosa°°✿



quarta-feira, 25 de setembro de 2013

UM OLHAR SOBRE A LITERATURA, CULTURA E CORES DA ÁFRICA LUSÓFONA

A Cultura é uma tarefa social, pertencente à 

comunidade, ao grupo social de que o indivíduo

 faz parte. 

É um conjunto de experiências vividas

 pelos homens e mulheres através da história que formam

 o patrimônio cultural de um determinado povo 


Os acadêmicos do curso de Letras/Português-Ead/Uespi-Gilbués conheceram  peculiaridade sobre a Literatura, Cultura e
sua língua oficial nestes países da África lusófona: 
o português


A África possui uma rica e variada literatura que foi se desenvolvendo através dos     tempos. Sua literatura escrita esteve sempre em débito com a literatura oral, na qual se incluem os contos populares, frutos da imaginação popular. 



Lusofonia poderá ser, o conjunto de identidades culturais existentes em países, regiões, estados ou cidades em que as populações falam predominantemente língua portuguesaapesar de o  termo Literaturas Africanas Lusófonas englobar a produção dos cinco países africanos que têm como língua oficial o português e o contexto de suas produções estéticas ter sido gerado de maneiras semelhantes, é preciso atentar para as peculiaridades das produções de cada país,  o que permitirá uma análise não redutora de suas obras. 

É preciso conhecer os movimentos estéticos surgidos 
em cada um dos cinco países para que se compreendam 
suas densas produções.


ANGOLA

Continente: África
Capital: Luanda
População: 17.024.086 habitantes
Religião: Cristianismo e outras
Idioma: Português
Moeda: Kuanza

Num quadro de grande diversidade cultural, a literatura e as artes foram-se afirmando em Angola de forma particularmente inovadora.

A história de Angola remonta ao período do paleolítico. Os vestígios de presença humana encontrados em algumas regiões, nomeadamente em Luanda, Congo e Namibe, comprovam que o território angolano é habitado desde a pré-história.

Nos primeiros 500 anos da era atual, as migrações de povos eram frequentes. Os povos instalaram-se e cruzaram-se pelo país. 


A riqueza cultural de Angola manifesta-se em diferentes áreas. 
No artesanato, destaca-se a variedade de materiais utilizados.
Através de estatuetas em madeira, instrumentos musicais, 
máscaras para danças rituais, objetos de uso comum,
ricamente ornamentados, pinturas a óleo e areia, 
é comprovada a qualidade artística angolana, patente em museus,
galerias de arte e feiras.
 Associado às festas tradicionais promovidas
por etnias locais está também um grande valor cultural.

Em 1935, o romance “O segredo da morta”, de António Assis Júnior, atinge uma notoriedade significativa, assinalando um ano de viragem. No decorrer das décadas seguintes outras obras e autores se afirmam, contribuindo para a diversidade temática.



 MOÇAMBIQUE



                                                  
É muito anterior à chegada dos portugueses em fins do século XV.
O nome de Moçambique parece ter provindo de Mussa-bin-Mbiki, filho do Sultão Bin-Mbiki, senhor que era da ilha, a que os Portugueses, quando ali aportaram, deram o nome de MOÇAMBIQUE.

A literatura de Moçambique é, geralmente, escrita em língua portuguesa - vulgarmente misturada com expressões moçambicanas -, por autores moçambicanos. Apesar de se tratar de um tipo de literatura recente, conta já com exímios representantes como José Craveirinha, Paulina Chiziane e Mia Couto, o que lhe permitiu ganhar um espaço relevante na exigente Literatura Lusófona.   

A literatura de Moçambique é, geralmente, escrita em língua portuguesa - vulgarmente misturada com expressões moçambicanas -, por autores moçambicanos. Apesar de se tratar de um tipo de literatura recente, conta já com exímios representantes como José Craveirinha, Paulina Chiziane e Mia Couto, o que lhe permitiu ganhar um espaço relevante na exigente Literatura Lusófona.


CABO VERDE





A cultura cabo-verdiana tem o seu coração a pulsar na poesia, espalhada nas normas, nas 
histórias de sabor popular e nas novelas... a sua alma gira em torno da "soudade", termo que deriva da‘"saudade" portuguesa.

►►Artesanato
O artesanato tem grande importância na cultura cabo-verdiana. A tecelagem e a cerâmica são artes muito apreciadas no país. Produzido quer para utensílio, quer para decoração, o artesanato do Cabo Verde é muito singular e é verdadeiro instrumento de expressão da cultura popular

►►Literatura
Cabo Verde tem uma significativa riqueza, tanto da oralidade, como da literatura escrita. A literatura escrita sempre existiu, um pouco esparsamente, de umas letras cultivadas por cabo-verdianos em livros e periódicos, não se podendo falar até aos finais do século XIX numa literatura escrita cabo-verdiana.

A literatura cabo-verdiana é uma das mais ricas da África lusófona.

O romance "Chiquinho", publicado pelo já falecido escritor cabo-verdiano Baltasar Lopes da Silva, constitui "a obra fundadora da literatura" de Cabo Verde, defende o tradutor italiano Vincenzo Barca.


GUINÉ-BISSAU


    Um país com uma superfície de apenas 28 mil quilômetros quadrados e uma população de cerca de um milhão e meio de habitantes – essa é a república da Guiné-Bissau, uma das dez nações mais pobres do mundo, que emergiu do colonialismo com uma taxa de analfabetismo de quase 100% e uma complexidade étnica e Lingüística que ajuda a travar qualquer projeto de coesão nacional

A literatura oral e escrita da Guiné-Bissau é pouco conhecida. Subsiste, mesmo no período colonial alguma recolha diminuta e crítica quanto à complexa realidade literária e exuberante deste pequeno torrão, com uma superfície de 36.125 km2 e albergando no seu interior diversas comunidades, a saber: manjacos, papéis, Bijagós, felupes, balantas, mandingas, etc. durante o ano 74 (independência do país) o país também não conheceu grandes desenvolvimentos no campo literário.

A Guiné-Bissau possui uma herança cultural
 bastante rica e diversificada. A cultura varia 
de etnia para etnia, exprimindo-se na diferença 
linguística, na dança, na expressão artística, 
na profissão, na tradição musical e até nas 
manifestações culturais. A dança é, contudo, 
uma verdadeira expressão artística dos 
diferentes grupos étnicos.

As cores exuberantes são  um sinal da apreciação das cores da natureza e um retrato do espírito alegre africano. Hoje em dia, a tecelagem guineense já deixa transparecer uma influência externa, derivada da importação de padrões e materiais.





A história de São Tomé e Príncipe é um tanto quanto similar à de Cabo Verde, pelo seu carácter insular. Nos dois territórios verificam-se o chamado fenômeno da crioulização. 

No final da década de 1870, assinalou-se a abolição da escravatura, transformada então em trabalho contratual, embora ainda significativamente opressivo


No campo literário são-tomense, é a partir de 
Caetano da Costa Alegre que a literatura 
começa a afirmar-se, porém só com
Francisco José Tenreiro a literatura 
são-tomense se solidifica. Uma das
 temáticas cultivada na produção literária 
daquele arquipélago é o denominado ciclo da roça..

A riqueza cultural  tem origem na miscigenação entre portugueses e nativos oriundos da costa do Golfo da Guiné, Angola, Cabo Verde e Moçambique.

Devido à ausência de uma revista literária, de uma atividade cultural própria, de uma imprensa significativa e de uma escola com quadros literários do Arquipélago, apenas em Portugal foi encontrado o ambiente propício à revelação de potencialidades criadoras

O primeiro caso surge em 1916, ano em que Caetano da Costa Alegre publica a sua obra “Versos”. Esta exprime a situação desencantada do homem negro numa cidade europeia. 

Outro poeta importante é Francisco José Tenreiro que, em 1943, publica “Ilha de nome santo”. Este identifica-se com a dor do homem negro e repõe-no no quadro que lhe cabe da sabedoria universal.



A Cultura é um produto humano,
é criação do homem, pelo que implica 
Consciência, Vontade e Liberdade


"As pessoas têm sotaques tão variados que isto é uma sinfonia, todos os dias", diz Solange Sá. E, por isso, explica António Augusto Barros, é preciso "encontrar uma base comum, que seja perceptível    em todos os outros países. E isso implica um trabalho técnico especializado, para que isto possa ser  entendido por todos". "Mas, ao mesmo tempo, não queremos perder toda essa riqueza e diversidade que são as sonoridades várias do português", ressalva.


Elis Regina, Neiva, Luana Folha, Luzineide, Elizane e Nilveth

Parabenizo-as pelo excelente trabalho! 

✫¸.•°*”˜˜”*°•.✫↓


Tutora - Maria Rosa
                                                                                                                         

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Abolição da escravidão: história da luta dos escravos pela liberdade no Brasil


TEATRO: “ZUMBI GRACIOSO


A escravidão pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo) é propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.

Não existem registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao Brasil. A tese mais aceita é a de que em 1538, Jorge Lopes Bixorda, arrendatário de pau-brasil, teria traficado para a Bahia os primeiros escravos africanos.

Bianca, Zuete,  Nerlan, Dhenyer, Leila, Marlene e Fernando,
acadêmicos do curso de Letras Português/EaD-Gilbués,  
encenam trechos que retratam o sofrimento do negro dessa 
época.


——– Vivemos na escravidão. Somos tratados como animais.
———– Trabalhamos tanto e não ganhamos nada. Nem comida boa temos.
———– Devemos fugir para um lugar melhor.
———– E existe este lugar?
———– Existe o quilombo. Irei para lá. No quilombo todos são livres. 
O rei é Ganga Zumba, bom com todos. 
E seu general é Zumbi.
———– Já ouvi falar dele.
———– Vou para o quilombo lutar com Zumbi para libertar todos os escravos.
                                              (um escravo foge, mas é recapturado pelo capitão do mato)
Feitor prende um escravo fujão.
Pede a ordem do senhor para castiga-lo com chicotadas. 
Tem a ordem e vai ao tronco onde prende o escravo e lhe dá 50 chicotadas.
Diálogo entre feitor e o Barão senhor dos escravos
Feitor_ O escravo está no tronco esperando a
decisão do barão e se deixar o escravo que está no troco sem castigo os outros escravos vão acreditar na história que ele está contando e vai querer fugir.
Barão_Está bem. Deite 20 chibatadas. 
Feitor_Me disculpe, Barão, mas 20 chibatadas não 
vai nem fazer riscos nas costas dele!
Barão_Está bem! deite-lhe 50 chibatadas.
Narrador_Logo depois o feitor foi dar as 50 chibatadas, enquanto isso a baronesa estava falando com o barão. Começa um toque de música.

No quilombo Zumbi planeja com os irmãos a invasão da fazenda e libertação dos escravos. Ganga Zumba não concorda e quer aceitar acordo de paz com Portugal. Por isso os dois começam a brigar. Depois disso, Ganga Zumba morre misteriosamente.
Diálogo no Quilombo.
Um irmão do quilombo entrega uma carta para o Rei Ganga Zumba:
“Senhor Ganga Zumba. O Rei de Portugal te propõe um acordo de paz com o quilombo de Palmares. Todos os nascidos no quilombo ficarão livres, os outros não.”


Ganga Zumba lê a carta.
Logo chega seu sobrinho Zumbi – Tio Ganga Zumba, vamos invadir a fazenda e libertar nossos irmãos.
Ganga – Isso não é possível. Estamos negociando a paz com Portugal.
Zumbi – Que paz que nada. Precisamos soltar nossos irmãos.
Ganga – Uma guerra só vai trazer dor.
Zumbi – Não é justo que fiquemos em paz enquanto tantos padecem escravidão.
Ganga – Também não é justo que tantos morram pelo bem de outros. Precisamos de paz.
Zumbi – A paz não traz igualdade. Esta paz é injusto, pois é para poucos. Precisamos de guerra.
Partidários de Zumbi e de Ganga Zumba se dividem, gritando de um lado “Paz” e de outro 
“Guerra”.

Em algumas fazendas e engenhos, as crueldades dos senhores de engenho e feitores atingiram a extremas e incríveis métodos de castigos ao empregarem no negro o anavalhamento do corpo seguido de salmoura, marcas de ferro em brasa, mutilações, estupro de negra escravas, castração, fraturas dos dentes a marteladas e uma longa e infinita teoria de sadismo requintado.



No sul do Brasil, os senhores de engenhos costumavam mandar atar os punhos dos escravos e os penduravam em uma trava horizontal com a cabeça para baixo, e sobre os corpos inteiramente nus, eles untavam de mel ou salmoura para que os negros fossem picados por insetos.


Os escravos sofreram muito, pois tinham que atender todas 
as necessidades dos seus senhores. Faziam trabalhos pesados 
e eram maltratados, apanhavam e eram amarrados em troncos 
com correntes nos pés, nas mãos e no pescoço. Muitos ficavam 
sem água ou mesmo sem alimentos, não tinham camas, dormiam
 no chão de terra, amontoados nas senzalas.


.
                                                                 Você sabia que...
  • ... muitos escravos fugiam? Alguns se escondiam em povoados protegidos, chamados de quilombos. O maior deles foi o de Palmares, em Alagoas, liderado por Zumbi.
  • ... o Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão? Apenas 600 negros  podiam embarcar em cada navio que vinha da África para o Brasil.

A partir desses problemas, a princesa Isabel, 
filha do imperador do Brasil, Dom Pedro II
criou a Lei Áurea que libertou os escravos.



Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel 
com muitos deles. 
Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, 
muitos negros passaram por 
dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos 
e sofriam preconceito e 
discriminação racial. 
A grande maioria passou a viver em habitações
 de péssimas condições
 e a sobreviver de trabalhos informais e temporários.

 Entende-se  que o ensino da leitura literária não pode ser apenas imposto, 
ele deve sim, ser incentivado, pois, sempre que possível, dar liberdade de
 escolha. Da mesma forma que se entende que esse processo somente se 
dará diante de professores preparados para ministrarem
 tais ensinamentos.



Parabéns a vocês que tiveram a  coragem de defender
 a Liberdade, o Amor e a Igualdade.

Trabalho  admirável!


.`⋎´✫✫¸

Tutora 
Maria Rosa